sexta-feira, 26 de junho de 2020

um dia de paz

Das produções audiovisuais, gosto das que se passam nos anos 80.. 90.. até dos anos 2000. Gosto da calmaria das ruas. Das roupas charmosas e simples. Da falta de pressa. Da ausência dos smartphones. Tudo era mais simples e sem tanto brilho. Gosto de sentir que as pessoas faziam uma coisa de cada vez, liam um livro por vez, viviam um dia por vez, amavam uma pessoa por vez, enfim, fantasio que viviam suas relações com uma qualidade de presença que hoje não é mais possível, suas relações com os outros, com as coisas e com o tempo. Invejo essa paz. Uma paz que talvez nem seja real, pois estou aqui, na correria dos smartphones, tentando dar conta da quantidade de projetos que me proponho. Não sei como acontecia lá, antes. Às vezes sinto o ímpeto de excluir tudo, me fazer invisível e viver como gostaria, sem olhos e likes. Mas aí eu lembro que eu iria viver só, e eu quero viver sozinha no íntimo, não no mundo. 

P.S.: Quantas pessoas estão aqui?

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