são quase uma da manhã e tô pensando em você. Hoje,
catorze-de-março-de-dois-mil-e-dezessete, seus pais vão fazer uma
ultrassonografia, que é um exame para ver você e decidir qual nome lhe dão.
Ainda não sei como te chamar, apesar de todo dia falar em você e alternar
sempre entre Laura e Gaus. Também já te chamei uma época de Elis. Engraçado
como tudo em que penso e sugere um futuro, você está inclusx. Como a vida foi
possível esse tempo todo sem sua existência? Na última véspera de Natal
você foi meu presente, e desde lá espero para ver seu rosto, te colocar no
colo, te ter como e te fazer companhia. O Noel nunca foi tão bom. Você tem me
preenchido. Queria poder guardar num potinho a essência do que somos agora e te
dar de presente para que tenha noção de como tudo era antes, e de como a vida
tem sido bonita enquanto aguardamos a sua segunda chegada. Meu deus, como eu te
amo! Tudo o que quero te dizer não cabe nesse texto, não cabe em uma vida. Você tem me transformado
numa pessoa melhor e feito o hoje ser sempre mais bonito que ontem.
P.S.: tô louca pra te ouvir me chamar de “tia”.