Alguém
nomeia o que sinto!
Me
segure pelos ombros, me sacuda e me ensine o caminho
Enfie
a mão no meu peito e leve meu coração para longe
Longe
de mim
Longe
do mal que lhe faço
Vai
ver essa dor que sinto seja a vontade de ir embora de mim
Desocupar
um corpo vazio há muito tempo
Talvez
após saber o que sou, o que tenho e o que me tem
Ou
melhor, o que me toma para si
Eu
consiga estar, simplesmente estar
Permanecer
em mim tem sido luta diária
Um
corpo casa que não pertence ao morador
Nem
mostrando a escritura consigo tomar posse do que me é de direito
Preciso
de uma revolução
Derrubar
paredes
Reapropriar
o que me foi tomado
Me
esforço para lembrar quem foi esse que chegou devagar e tomou conta
Mas
nem a isso tenho mais acesso
Cheguei
e a porta tá trancada, nem janela aberta para entrar ar tem
Bato,
bato, bato
Espero
um pouco
Ninguém
sai
Não
há resposta nem chegada
Fico
na calçada olhando para mim
Quem
pintou minha fachada de azul?
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